Ideias:
Primeiro, é preciso identificar adequadamente o plano principal para o distinguir do plano B. A maioria das pessoas sequer sabem qual é de fato o plano principal a ser executado no momento de vida em que se encontram.
Não ter Plano B intensifica a garra para conquistar o plano principal (alternativa única: vencer ou vencer).
Situação para exemplificar
200 pessoas jovens e com boa condição física, divididas em 2 grupos com 100 pessoas, são informadas, simultaneamente, que 3 meses a frente terão a incumbência de atravessar a nado 3 km num rio com jacarés e piranhas (curiosamente, já vivenciei essa experiência na Amazônia!). São informadas também, que, a partir daquele momento, serão disponibilizados todos os meios para elas se prepararem nestes dois meses que antecedem o desafio (treinamento de natação com instrutores altamente especializados, reforço muscular, suplementação alimentar, acompanhamento médico e psicológico,…)
O Grupo 1, com 100 pessoas, é informado que a travessia constitui etapa obrigatória para lhes assegurar um contrato com emprego vitalício (remuneração de R$ 10 mil, anualmente, corrigida pela inflação).
O Grupo 2, com as outras 100 pessoas, é informado que essa travessia será opcional. Sendo assegurado aos que, no dia do desafio optarem por não atravessar o rio, um desafio alternativo que terão que superar para lhes assegurar um contrato com emprego vitalício (remuneração de R$ 10 mil, anualmente, corrigido pela inflação). Detalhe, o desafio alternativo será apresentado somente no dia do desafio da travessia do rio.
Desta forma, caro leitor, pergunto-lhe:
1 – Qual grupo terá o maior número de pessoas preparadas e decididas a atravessar o rio no dia do desafio?
Não há dúvidas que será o grupo 1. E pela experiência de vida que tenho, afirmo que a maioria (estimo, no mínimo, em 80% das pessoas do grupo) conseguirá atravessar o rio.
2 – Quantas pessoas do grupo 2 estarão preparadas e decididas a atravessar o rio no dia do desafio?
Pela experiência de vida que tenho, afirmo que uma minoria (estimo que, no máximo, 20% das pessoas do grupo) chegarão preparadas e conseguirão atravessar o rio no dia do desafio.
CONSTATAÇÕES
Por óbvio, em ambos grupos, existem pessoas com senso de compromisso mais desenvolvido e com maior disposição para abdicar da zona de conforto atual visando alcançar situação futura melhor. Todavia, a realidade e inúmeros experimentos científicos comprovam que estas pessoas são minoritárias. Certamente, estas pessoas estarão na minoria do grupo 2 que conseguirá atravessar o rio, constituída também pelas pessoas receosas de que o desafio alternativo e desconhecido possa ser pior que o da travessia do rio com jacarés e piranhas.
Todavia, o prêmio relevante, associado à alternativa única (vencer ou vencer), torna-se combustível motivacional inabalável para pessoas em situações semelhantes àquelas do grupo 1 abandonarem sua zona de conforto, que, no mundo real, pode ser representada por uma condição favorável e momentânea de vida, pela estabilidade relativa de um emprego CLT ou pela estabilidade num cargo/emprego público que não satisfaça plenamente a pessoa.
Às pessoas em situações semelhantes àquelas do grupo 2, o plano B desconhecido torna-se um sabotador da capacidade de realização. Pior ainda é quando o plano B é conhecido e reconhecido, pela pessoa, como menos doloroso, pois mesmo com baixa possibilidade de resultar no alcance de um prêmio tão bom quanto o do caminho mais difícil é capaz de sabotar a motivação pessoal de uma forma absurda.
Muito pior ainda – e sinto que é a situação mais comum -, é quando o plano B existe apenas na cabeça da pessoa, ou seja, não passa de uma fantasia com baixa possibilidade de concretização ou de uma mera esperança baseada na ajuda futura de terceiros ou na providência divina.
E aí, qual é o seu plano B?
https://exame.com/carreira/esqueca-o-plano-b/
CHAT GPT:
“Uma recomendação não muito usual aos profissionais é que, em vez de buscarem um plano B, dediquem toda a sua atenção e energia, como se não houvesse outra opção. Uma recente pesquisa mostrou que ter um plano B pode diminuir a possibilidade de sucesso, pois tende a reduzir a vontade de alcançar grandes resultados. Assim, para obter êxito, seria melhor focar todas as energias na atual tarefa, como se não houvesse outra opção. Aproximadamente 2.500 anos atrás, o estrategista militar chinês Sun-Tzu já escrevera isso, e agora a ciência comprova que o seu conselho ainda se aplica hoje em dia.”