Nobre Concurseiro(a),
Ao longo da minha jornada, percebi que as nossas vivências são ricas fontes de aprendizado e que as conquistas pessoais muitas vezes seguem caminhos inesperados. Inspirado por essas experiências, desenvolvi esta lógica da “Rampa do Crescimento”, uma representação gráfica intuitiva que ilustra a trajetória de desenvolvimento pessoal e profissional.
Não pesquisei profundamente para saber se esta minha percepção é 100% original. Possivelmente, outro autor ― no Brasil ou no mundo ― já tenha sistematizado esta percepção da realidade, inclusive melhor que eu. Todavia, o que realmente importa é a relevância e a ressonância dessa percepção.
Estou convencido de que a “Rampa do Crescimento” detém um valor significativo para aqueles em busca de atingir metas importantes, pois oferece uma perspectiva clara das realidades do crescimento humano – um guia essencial para navegar o percurso muitas vezes turbulento em direção aos nossos objetivos mais significativos.
O Ideal, o Real e o Ilusório na Trajetória de Crescimento
No horizonte das aspirações humanas, a “Rampa do Crescimento” se estende como uma metáfora poderosa para os diferentes trajetos que nossa evolução pessoal e profissional pode seguir. Esta imagem não é apenas um gráfico, é um espelho da nossa jornada, refletindo três vias distintas: o Crescimento Ideal, o Crescimento Real e o Crescimento Fantasioso. Cada uma dessas rotas carrega em si uma narrativa profunda sobre como encaramos o progresso e o sucesso.
Crescimento Ideal: A Utopia da Regularidade
O Crescimento Ideal é uma linha reta ascendente, uma progressão constante e inabalável em direção aos nossos objetivos. É o sonho da perfeição, a fantasia da melhoria diária sem falhas ou retrocessos. Em um mundo ideal, seria o caminho que todos escolheriam. No entanto, é preciso reconhecer que essa é uma visão utópica, quase robótica da capacidade humana, desconsiderando a riqueza das nossas experiências e as lições que vêm com as adversidades.
Crescimento Real: Aceitando as Ondulações da Vida
O Crescimento Real é uma representação autêntica do que significa ser humano. Não é uma linha reta, mas uma curva com seus altos e baixos, suas vitórias e derrotas. Este caminho aceita que a vida é feita de ciclos, aprendizados e resiliência. Ele nos ensina que os desvios e os tropeços são oportunidades de crescimento e que a grandeza é alcançada através da persistência, não da perfeição.
Crescimento Fantasioso: O Perigo das Expectativas Irreais
Em contraste, o Crescimento Fantasioso é um alerta sobre as armadilhas das expectativas irreais. Este é o terreno fértil onde brotam promessas de sucesso rápido e sem esforço, muitas vezes vendidas por estratégias de marketing predatórias. Elas exploram nossos desejos mais profundos de sucesso imediato, mas ao invés de nos elevar, nos mantêm presos em um limbo de desilusão, sempre aquém do que é necessário para alcançar objetivos verdadeiramente significativos.
Conclusão: A Realidade é a Nossa Melhor Mestra
A “Rampa do Crescimento” nos convida a uma reflexão profunda sobre qual caminho estamos trilhando. Ela nos lembra que o crescimento autêntico requer tempo, paciência e trabalho duro. No fim, talvez o mais importante seja reconhecer que o desenvolvimento humano não é uma corrida, mas uma caminhada cheia de sabedoria, onde cada passo, mesmo os que nos parecem para trás, nos impulsiona para frente em nossa jornada única e irreplicável.
P.S. Tive o insight e elaborei esta “Rampa do Crescimento”, juntamente com o esboço deste artigo, no dia 1/12/2023, exatos 2 dias antes da prova para Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados, enquanto realizava minha revisão de véspera e ouvia as vozes das minhas filhas noutro cômodo da casa, desejando estar brincando com elas. Curiosamente, neste mesmo dia, minha mãe fazia aniversário e dois dias antes completavam-se exatos 20 anos da minha formatura na AMAN. Enquanto escrevia, surgiam fortes lembranças de cenas e situações sacrificantes que vivenciei desde o início da minha vida profissional, que atribuo ao ano de 1995, quando ingressei na então Escola Agrotécnica Federal de Castanhal – PA (EAFC), na qual me formei técnico em agropecuária, em 1997.
